Não é de hoje que o mundo vem vivendo a Teoria do Espetáculo que, como Guy Debord descreveu, o indivíduo quer mostrar o melhor de si, sendo o mais inteligente, bonito, feliz, saudável, etc. Contudo, com as mídias sociais, presentes diariamente na vida da coletividade, essa busca pela perfeição foi impulsionada. Logo, o cidadão realiza ações extremas, visualizando alcançar essa excelência e reconhecimento facial, o que gera uma “pseudo-felicidade”.

A priori, nota-se que a maior busca pela perfeição está relacionada a estética, haja vista que as redes sociais propagam um modelo de beleza inalcançável, mas que, segundo operadores digitais, pode ser alcançado, seja por cirurgias plásticas ou através atos não saudáveis, como a bulimia. Sob esse viés, é importante salientar que esse tipo de formosura não deveria ser propagado de forma tão intensa, uma vez que, durante vários períodos da história, os modelos de beleza se alteraram, tendo como exemplo a Idade Média, em que, em um período, as mulheres mais cheias eram consideradas as mais bonitas e, no período romântico, a jovem pequena e magra era o modelo de graça. Dessa maneira, não é viável se encaixar em um padrão, já que essa maestria na estética, conforme a época, altera-se, não havendo um ideal exato.

Outrossim, observa-se que na internet as pessoas sempre estão sorrindo, fazendo os outros acreditarem que, se estiverem triste, não terão plena satisfação. Assim, a comunidade tenta, incansavelmente, buscar essa felicidade, engando-se e, atribuindo, somente, um falso contentamento. De maneira análoga, no livro “O Duque Perdido”, escrito pela brasileira Karina Heid, a protagonista esbanjava, para a sociedade germânica, uma falsa alegria. Entretanto, em seu interior, ela não estava tão contente quanto aparentava. Esse fingimento afetou a sua vida, pois, até nas coisas que ela sentia prazer em fazer, a jovem perdeu o interesse. Dessa forma, percebe-se que o fingimento não é uma boa opção, porque ele pode mascarar a verdadeira felicidade, não permitindo que ela seja vivida, de fato.

Portanto, tentando amenizar a Teoria do Espetáculo que foi estimulada pelas mídias sociais, o Ministério da Habitação e do Bem- Estar Social, deve, por meio de campanhas, promover divulgações nos vários veículos de comunicação, influenciando os indivíduos a serem quem eles são e não ficarem se comparando a outras pessoas ou seguindo seus exemplos. Também, devem trazes, nessas campanhas, profissionais aptos para falarem do assunto, do seus males e consequências. Assim, cumpriram a finalidade de garantir o bem-estar a todos e desmistificarão as mídias.