A escravidão é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro. No Brasil, a escravidão teve início no século XV, quando as primeiras medidas efetivas de colonização foram implantadas pelos portugueses. Essa prática perdurou ate o ano de 1.888, quando a Lei Áurea aboliu a escravidão no Brasil. No entanto, no século XX, a escravidão tomou novas formas, configurando práticas de "escravidão moderna" ou "trabalho análogo à escravidão".
Em fevereiro de 2022, o Jornal O Tempo publicou uma matéria importante retratando a realidade de cidades do interior de Minas Gerais onde é comum trabalhar muito em troca de salários precários, fato este, que ocorre, devido a forte pobreza instalada nessas regiões, deixando os moradores sem opções e oportunidades melhores. São essas as características que constituem a escravidão moderna: Trabalhos exaustivos, remunerações baixas, ambiente de trabalho muitas vezes infrequente e pessoas em situação de pobreza que necessitam desses empregos, independente das condições deploráveis.
Infelizmente, mesmo com a ilegalidade da prática, o trabalho análogo à escravidão é mais comum do que aparenta ser. "Segundo a organização Slavery Footprint existem, atualmente, no mundo 27 milhões de escravos, sendo que 18 milhões são crianças." Fica pior, quando pensamos que grande parte da escravidão moderna parte de grande empresas, com nomes conhecidos no mundo todo, como por exemplo a Nike, Coca- Cola, Apple e Victoria's Secret. Além disso, o trabalho escravo também esta presente nos trabalhos vinculados às drogas e à exploração sexual, ambos com índices alarmantes de trabalho escravo infantil.
Em virtude do que foi mencionado, pode-se visualizar um cenário de práticas absurdas que deveriam constar atualmente extintas, mas que continuam perdurando ao longo dos anos . É forçoso socialmente, repudiar tais fatos, visto que, não pode ser bem aceito, algo que desvaloriza a natureza humana, e propicia o retrocesso de anos de luta contra a escravidão.