No Brasil observa-se uma educação estruturada segundo o modelo de seus colonizadores, têm sido muitos os desafios para diversificar a educação Étnico-Racial, entre eles estão o forte preconceito enraizado pela cultura e história de que a raça branca é superior às demais, seguindo-se a isso o "culto" a mesma e desprezo às outras.
Como resultado, tem-se um sistema exclusivista e ditador que por hora é explícito e por hora é bem sutil, como relata a artista Ana Paula Xongani em uma experiência que viveu com sua filha por serem mulheres negras: "Nós moramos em prédio, minha filha ao ver outras meninas brincando no parquinho me pediu para ir brincar também, eu deixe e fiquei olhando e antes mesmo que ela pudesse chegar, ou dizer um oi ou olá, as crianças foram se afastando, rindo e correndo, minha filha ficou sozinha em um balanço enquanto as outras sentadas juntas cochichavam algo, ao me aproximar perguntei o que estava acontecendo e ela me disse que era sempre assim, que já estava acostumada, que até gostava de brincar sozinha e logo após me perguntou o que tinha feito de errado". A artista ficou muito abalada ao ver como as crianças aprendem e reproduzem comportamentos racistas.
Portanto, é claro que há uma necessidade urgente de incluir e diversificar a educação étnico-Racial, desde onde começa a sociedade, ou seja nos lares, até os lugares mais prestigiados da mesma, para isso conta-se com o Ministério da Educação para implementar mais grades de ensino nas salas de aula, palestras com participação dos pais e filhos, maior presença nos meios de comunicação, feiras e movimentos tratando do assunto. Isto é, não deixar de fazer tudo o que se pode fazer para a concientização e melhoria no país.