Recentemente uma pesquisa da empresa Insider que realiza o trabalho de registro de opiniões em diversos assuntos, constatou que alguns países como França, EUA e Austrália já adotaram a restrição de crianças menores de 14 anos em restaurantes, tal mudança foi realizada com o intuito de agradar os clientes que preferem fazer uma refeição com mais tranquilidade, entretanto no Brasil ainda existe uma resistência a essas medidas, isso porque o Brasil tem lidado de forma diferente a essa situação e a maioria dos estabelecimentos criam um espaço para crianças. Tal assunto tem gerado grande discussão a respeito da proibição de crianças em alguns restaurantes e se isso seria uma forma de discriminação.

Um levantamento feito pelo sítio G1 da Globo apontou que os brasileiros estão tendo menos filhos quando comparado às gerações passadas, onde era comum ter em média de 4 à 7 filhos por casal, hoje a média é de 2 à 3 filhos por casal, com isso surgiu uma nova categoria de clientes “os que não gostam de crianças em restaurantes”. O motivo para esse desejo é que a grande maioria dos casais do século XXI não possui filhos e não tem paciência com crianças, por isso optam por restaurantes que restringem a entrada de crianças. Além disso, outro ponto relatado pelos entrevistados, é que a maioria dos pais não tem controles sobre os seus filhos, permitindo que as crianças corram de um lado para o outro no restaurante e façam o que bem entendem sem obedecer as ordens de um adulto.
Por outro lado, estão os pais preocupados com essas novas restrições, alguns relataram que têm dificuldade em encontrar alguém de confiança para deixar as crianças e que se isso se os restaurantes aderirem a essa exigência, acabarão perdendo clientes. De acordo com a Constituição Federal do Brasil em seu artigo 5º diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza e também em outros artigos a constituição visa assegurar os direitos individuais e coletivos, trazendo um equilíbrio a sociedade.
Alguns estabelecimentos no centro da cidade de São Paulo, criaram dois tipos de ambientes para os clientes, um com um espaço para crianças e outro isolado para pessoas que não estão acompanhadas de crianças, com isso foi possível atender ambos tipos de clientes.

É de suma importância analisar a situação e verificar quais medidas podem ser tomadas para que nenhum direito seja violado, pois caso o estabelecimento resolva aderir a medida de proibição de crianças sem que uma alternativa seja dada aos pais, estará agindo de forma discriminatória e contra o artigo 5º da constituição e poderá sofrer consequências no âmbito judiciário.