Em Atenas, na Grécia Antiga, para considerar um indivíduo como cidadão, eram considerados vários critérios como gênero e origem. De forma contrária, o Brasil considera cidadão todo indivíduo pertencente ao seu território. Porém, além da falta de registros, a invisibilização de grupos minoritários é um dos obstáculos para o exercício da cidadania.
A princípio, a distância entre o indivíduo e o local de registro é um dos obstáculos para realizar o registro de recém nascidos. De acordo com o site informativo G1, não há cartórios em todo o território brasileiro, causando migração e, consequentemente, imprecisão de dados. Dessa forma, se faz necessária a busca por medidas que reduzam as imprecisões de dados que afetam os dados governamentais.
Paralelamente, a invisibilização de grupos minoritários como os moradores de rua, afeta o seu exercício de cidadania. O Estatuto da Cidade garante a todos os cidadãos a participação crítica em consultas sobre gestão municipal. Segundo o filósofo Confúcio, a ignorância é a noite da mente, tal ignorância impede tal grupo de opinar sobre a sociedade a qual pertencem.
Nesse contexto, faz-se necessário que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), busque formas de reduzir a imprecisão de dados, com medidas como pré-cadastros que agilizem e diminuam a burocracia do registro presencial. Além disso, é imprescindível que o Estatuto da Cidade busque maneiras de incentivar a participação dos moradores de rua em comitês e reuniões de bairro, por meio de propagandas e campanhas para que eles exerçam sua cidadania de forma efetiva.