Diante desse panorama, as parcelas da sociedade que encontram-se sem registro formal são, sumariamente, as de classes mais pobres, negras e com problemas familiares. Isso pode ser explicado pela filósofa Djamila Ribeiro, a qual disse que as questões da nação são reflexos das estruturas sociais criadas. Nesse caso, a formação histórica de privilégios dos brancos e ricos reflete que, na contemporaneidade, o perfil da falta de nascimento seja culturalmente definido. Logo, enquanto não houver uma mobilização do governo com tal conflito, o povo brasileiro será um excelente adjetivo do termo desigualdade.
Por conseguinte, essa invisibilidade de alguns habitantes da pátria resulta em dilemas a eles, como a proibição de matrícula em institutos escolares e programas sociais do governo, o que, por um lado, é humilhante para os afetados e, por outro, enfraquece a noção de democracia e liberdade garantida no legislativo federal. Nesse sentido, é evidente que uma máxima do escritor John Locke é desrespeitada, a qual afirma que, “O Estado surge para garantir, através das leis, os direitos naturais dos indivíduos”. Dessa forma, quando o governo não fornece o registro ao povo, provoca a quebra da possibilidade de acesso aos espaços sociais existentes.
Urge, portanto, que o impasse seja resolvido. Para isso, o Governo Federal, em parceria com os cartórios e assistentes sociais, deve iniciar um projeto de ampliação do fornecimento do registro civil, com ênfase nos estados que, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sofrem mais com essa conturbação. Essa medida ocorrerá por meio de campanhas publicitárias, em jornais, cartazes e transporte, que estimulem as pessoas sem certidão de nascimento ao início do processo de formalização, que deverá ser feito de forma gratuita. Por fim, a documentação em massa dos cidadãos “invisíveis”, como ilustrado por Mosca, poderá acontecer - o que garantirá a ampliação do acesso à cidadania e aos locais de convivência social entre os brasileiros.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada