No seriado mexicano chaves, ou El chavo, em português o menino, é um exemplo de invisibilidade social por não possuir um registro civil, além de não ter um nome, ele vive uma situação de abandono. Essa história se encaixa perfeitamente na vida de inúmeros brasileiros, são crianças e adultos que vivem sem a garantia de uma cidadania.
Nesse contexto, é necessário compreender em quais camadas sociais os cidadãos sem registro civil vivem, que são principalmente as classes de baixa renda. Essas pessoas acabam vivendo sem condições financeiras e de mobilidade urbana além de a maioria ter que trabalhar desde muito cedo, em trabalhos informais e na maioria das vezes, exploradores, onde eles acabam nunca sendo incentivados a buscar seus direitos como cidadãos.
Convém destacar, também, a negligência governamental quanto as pessoas sem acesso a cidadania. O Estado deve garantir que todos os nascidos em território nacional sejam cidadãos iguais perante a lei, o que não acontece, visto a quantidade de pessoas sem o básico de cidadania, o registro civil. Sob essa ótica, fica clara a necessidade de uma intervenção.
Portanto, o Estado deve criar uma lei que obrigue hospitais públicos e privados a emitir um registro civil gratuito logo após o nascimento, para que as pessoas se tornem cidadãos logo ao nascer. E no caso dos nascimentos fora de hospitais, o Estado deve criar um órgão especializado em ir atrás dessas crianças, além dos adultos que nunca tiveram um registro civil. Para que assim, todas as pessoas tenham seu acesso a cidadania garantido.