Na série “13 Reasons Why”, é retratado, dentre outras temáticas, as agressões – tanto físicas quanto psicológicas – vivenciadas pelo personagem Tyler Down. O garoto, que é oprimido pela equipe de futebol de sua escola, sofre por ser diferente dos atletas. Analogamente, não é incomum encontrar vítimas de bullying no Brasil hodierno, sobretudo daquele cometido dentro do âmbito educacional. Portanto, faz-se necessário combater este revés, que possui como agravante a falta de debate no meio midiático e a inércia por parte da sociedade.
                Segundo Jürgen Habermas, exímio filósofo alemão, o diálogo é uma poderosa ferramenta de ação. Entretanto, ao observar a problemática acerca da violência presente nas escolas, nota-se que vai de encontro ao que defendia o teórico. Tendo isto em vista, a ausência da comunicação na mídia corrobora com o silenciamento desta grave questão, uma vez que a imprensa é responsável por divulgar informações para a população. Assim, trazer à pauta este tema e debatê-lo amplamente aumentaria a chance de atuação nele.
                 Ademais, a normalização dessa prática no corpo social fortalece a não resolução do problema. De acordo com Georg Simmel, notório sociólogo contemporâneo,  a indiferença frente questões sociais age como uma recusa dos mesmos. Paralelamente, ao analisar as infelizes piadas, brincadeiras e apelidos deletérios aceitos pelo tecido civil, evidencia-se a apatia conceituada por Simmel como “Atitude Blasé”.  A primeira vista, embora tais ações possam parecer inofensivas, podem se tornar ferramentas de coerção psicológica. Portanto, cabe ao corpo social agir a fim de minimizar este grave impasse.
                  Convém, então, que, de modo urgente, medidas sejam tomadas. Como solução, é mister que a mídia – enquanto principal meio de informação –, mediante as redes sociais, crie campanhas publicitárias sobre os horrores que o bullying pode causar em suas vítimas, utilizando de relatos reais, com o intuito de conscientizar a população, sobretudo o corpo discente e docente, que seriam os principais alvos da diligência. Dessa forma, é esperado que, com esta ação, hajam menos alunos que experienciem situações similares à de Tyler.