No livro "Utopia", de Thomas More, é apresentada a história de uma sociedade onde não existem problemas. Fora da ficção, essa não é a realidade encontrada quando se trata da mobilidade urbana no Brasil, onde ela é ineficiente. Tal cenário tem como causas a falta de eficiência no transporte público e distribuição desigual de serviços e empregos nos municípios.

De início, é válido ressaltar que a má qualidade nos veículos coletivos são peças-chave na problemática. Estes, sem o devido investimento por parte do governo, acabam ficando escassos e sucateados, o que desmotiva e, em muitos casos, impossibilitam o uso por parte da população. Desse modo, a mobilidade urbana é prejudicada, pois as pessoas, então, tem de optar por veículos individuais, o que aumenta o trânsito.

Além disso, a concentração dos empregos e serviços em áreas específicas das cidades também corrobora com o impasse. Tal fato acarreta no deslocamento diário de diversas pessoas que moram em bairros periféricos, onde não há tantas oportunidades, para trabalhar e/ou estudar nas áreas onde esses serviços são mais ofertados. Com isso, a mobilidade urbana é afetada, pois é uma grande quantidade de pessoas a se deslocarem, o que requer mais veículos.

Portanto, ações urgentes necessitam ser tomadas a fim de resolver a adversidade. Para isso, o Estado deve criar o projeto "para uma melhor mobilidade urbana", que terá como objetivo investir fortemente na melhoria do transporte público e valorizar as áreas periféricas do país. Esse projeto será criado por meio de verbas governamentais e, ainda, contará com a ajuda da população, que apontará quais melhorias devem ser priorizadas em seu município. Assim, a mobilidade urbana será melhorada e um avanço social poderá ser alcançado.