Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os indivíduos são iguais em direito e dignidade. No entanto, tal premissa não é verificada na realidade brasileira, uma vez que a sociedade estigmatiza as doenças mentais, provocando a desinformação na população e a segregação de pessoas mediante ao contexto de que é somente “frescura”, a uma idealização de felicidade inalcançável. Com isso, emerge um problema sério, em virtude da má influência midiática e do silenciamento.
Dessa forma, em primeira análise, a má influência da mídia é um desafio presente na questão. Para Hipátia de Alexandria, “compreender as coisas que nos rodeiam é a melhor preparação para compreender o que há mais além”. Porém, há uma lacuna de preparação ineficiente dos meios de comunicação social sobre o estigma à saúde mental, visto que, ainda é de desconhecimento populacional os sintomas psíquicos que cada ser humano irá passar no decorrer da vida, fazendo com que se gere pessoas mal-informadas sobre o assunto e preconceito com tal tema considerado “tabu”. Assim, é preciso compreender melhor as coisas que nos rodeiam.
Em paralelo, o silenciamento é um entrave no que tange ao problema. Segundo Djamila Ribeiro, tirar uma situação da invisibilidade se faz necessária para que soluções sejam promovidas. De fato, tal invisibilidade é nítida nas questões mentais, posto que pela falta de debate e o silêncio instaurado sobre as doenças mentais é impossível tirar o presente problema da incompreensibilidade, pois pouco se discute, informa e torna público à questão. Logo, urge suscitar a ação coletiva para que soluções sejam promovidas.
Portanto, é imprescindível intervir sobre o problema. Para isso, a mídia de massa deve criar um programa, por meio de entrevistas com especialistas no assunto, a fim de promover o conhecimento e atualizar a esfera social sobre o silenciamento que integra o estigma as doenças mentais. Tal ação pode, ainda, utilizar grandes plataformas de streaming (Netflix, Amazon Prime, GloboPlay), para a divulgação globalizada da inerente importância da saúde mental, na iminência de atingir mais pessoas. Paralelamente, é preciso intervir sobre a má influencia midiática presente no problema. Dessa forma, é possível que o problema associado o estigma as doenças mentais permaneça no passado brasileiro.