Gregório de Matos, poeta luso-brasileiro, ficou conhecido como "boca do inferno", por denunciar, de maneira ácida, os problemas que assolavam o século XVll. Talvez hoje, ao observar a falha educação financeira no Brasil, o autor produziria críticas a respeito, uma vez que esse entrave precisa ser mitigado no âmbito social. Dessa forma, é válido salientar que essa realidade é fruto do silenciamento e da negligência governamental.
Primeiramente, a falta de informação é um desafio presente na problemática. Djamila Ribeiro explica que é necessário tirar uma situação da invisibilidade para atuar sobre ela. Porém, há um silenciamento instaurado na questão da educação financeira no Brasil, visto que pouco se fala do tema nas escolas e na mídia de massa, gerando uma desinformação na maioria dos brasileiros. Logo, urge tirar essa situação da invisibilidade e atuar sobre ela, como defende pensadora.
Ademais, convém enfatizar que a indiligência do Estado potencializa o entrave da educação financeira. Bauman descreve em sua teoria das Instituições Zumbis, que a esfera de poder não tem cumprido sua função social com eficácia. Sob essa perspectiva, devido à baixa atuação das autoridades, diversos brasileiros estão endividados, visto que eles não tem acesso a uma educação para administrar melhor as suas finanças. Assim, inverter a lógica e colocar os direitos humanos em primeiro lugar é urgente.
Portanto, cabe ao MEC, orgão responsável pela educação do Brasil, criar projetos para ampliar a educação financeira, por meio de palestras e disciplinas escolares, a fim de aumentar o acesso ao conhecimento financeiro. Assim, o Brasil poderá evoluir no âmbito social e econômico.