No filme Esposa de Mentirinha, nos é apresentada a Katherine, que além de trabalhar o dia todo como secretária em uma clínica, ela ainda tem de cuidar de seus dois filhos pequenos, sendo uma mãe solo, muitas vezes tendo de lidar com as peculiaridades dos pequenos. Embora a história da personagem seja um mero enredo de filme, no Brasil essa trama é uma realidade, sobretudo em áreas marginalizadas, onde as mulheres enfrentam cargas horárias extensas em trabalhos mal remunerados, para oferecer o básico às suas proles. Infelizmente, além de se tratar de um problema social, onde chega a faltar o necessário dos cuidados para a sobrevivência dessas matriarcas e sua família, as mães solo também revelam o descaso que o Governo tem com essa parcela da sociedade.

Primeiramente, têm-se a falta de recursos básicos para o cuidado às crianças, gerada pela falta de assistência e solidariedade dos pais e da sociedade à essas mulheres e seus filhos. Dados da página Brasil de Fato revelam que no país, 63% das casas chefiadas por mulheres não recebem o suficiente para a quantidade de filhos. Numa população, onde essas mães recebem inúmeros julgamentos das pessoas, sobretudo de mentalidade conservadora, salários mais baixos em relação aos homens e a pouca ajuda de seus semelhantes, fica clara a situação de quase abandono que essas senhoras enfrentam.

Em seguida, observa-se a má administração do governo com tal parcela da sociedade. Segundo o noticiário G1, os beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família, e até mesmo o Auxílio Emergencial, no contexto pandêmico, seus beneficiários relatam o atraso em seus pagamentos. Num país onde o dinheiro gerado para a distribuição de pessoas abaixo da linha da pobreza, é quase nulo, as mães ainda devem se preocupar com o eventual atraso de alguns pagamentos onde, infelizmente, as suas contas não podem atrasar. Isso agrava mais a preocupação à essas mulheres, que por não contar com a ajuda do Governo, ficam à mercê da sua própria sorte.

Em suma, percebe-se que as mães solo são vítimas da sociedade, que sofrem com a falta de verba e auxílio da sociedade num geral. Dessa forma, para que essas mulheres tenham seus direitos básicos atendidos, o Governo Municipal deve promover a arrecadação de itens de higiene básica, tanto infantil quanto adulta, por intermédio dos meios de comunicação, como cartazes, veículos de mídia e redes sociais. Em relação à falta de recursos, a melhor distribuição de renda deve ser feita pelo Governo através da melhor fiscalização desses meios de entrega. Dessa forma, será possível a melhoria de condição dessa minoria, sobretudo dessas mulheres, que poderão dar uma vida melhor às suas proles. Seguindo essas exigências, o Brasil poderá dar a assistência necessária à essas mulheres, que carregam consigo o futuro da nação e, consequentemente, gerando um futuro melhor para todos.