A maneira como a sociedade trata seus integrantes diz muito sobre seu futuro. É preocupante então, quando atos violentos como o assédio estão enraizados a ponto de se estabelecerem na cultura, principalmente quando esses atos são majoritariamente direcionados a um gênero específico. Logo, ações assim prejudicam o viver humanamente em sociedade e também a vida emocional e psíquica do indivíduo agredido.
Como supracitado, ações baseadas na ausência de respeito pelo outro irao gerar uma quebra do convívio social saudável. Pois, reafirmam padrões violentos que aos poucos se integram ao tecido social. Tal ação é um problema, já que, como argumenta Vigotsky somos seres sócio-culturais, ou seja, facilmente moldados pelo meio. Sendo assim, o assédio pode influenciar a formação de terceiros.
No Brasil, as mulheres que são mais oprimidas por esse tipo de agressão. Esta por sua vez, não se restringe a esfera física, mas também as psicológicas como os "fius, fius" ou o linguajar sexualizante, ambos bem comuns no cotidiano da mulher causando intervenção na sua subjetividade. Esse tipo de comportamento é influenciado pelo patriarcado e pelo machismo e vem acompanhado de silenciamento e culpabilização, como é comum ver na literatura como Anna Karenina e Dom Casmuro.
Por conseguinte, o assédio atinge tanto a sua vítima direta como também uma parte geral. Por consequência, é necessário leis punitivas mais amplas e conscientização sobre o assédio, que pode ser feita pela mídia, cartazes ou até movimentos sociais. Além disso, há também a responsabilidade pessoal de ajudar e não julgar as vítimas.