"No meio do caminho tinha uma pedra". Mediante o verso do modernista Carlos Drummond de Andrade infere-se que há barreiras a serem aniquiladas: sedentarismo da população verde-amarela e a alimentação desregular tanto da família, quanto das instituições de ensino. Nessa lógica, é imperiosa a superação imediata desse desafio.
A princípio, faz-se "mister" mencionar o filme Wall-e produzido pela Disney e Pixar, tal animação é dotada de críticas sociais a respeito dos impactos do excesso de automação aos usuários. Nesse viés, ao decorrer da obra cinematográfica são exibidas atividades cotidianas executadas por aparelhos de inteligência artificial, fazendo o corpo social tornar-se mais sedentário, o que constitui um dos grandes precursores da obesidade. Fora da ficção, a realidade não é diferente, pois as pessoas têm se tornado cada vez mais inativas e com a vida corrida, optando por comidas mais práticas e insalubres a sua saúde, como os Fast foods. Logo, é necessário tomar medidas urgentes para reverter esse cenário.
Ademais, é viável citar o artigo "Violência Epidêmica" do Dr. Drauzio Varella, o qual discute como a perpetuação de hábitos influencia na continuação de uma estrutura precária. Em síntese, as crianças são reflexos dos adultos, por isso pode-se relacionar o aumento do peso aos maus hábitos alimentícios que ocorrem primariamente no próprio lar. Onde os pais,invés de introduzirem aos filhos mantimentos frescos e in natura, fornecem os industrializados. Nessa mesma perspectiva é válido afirmar que os pratos ofertados pelas escolas não são adequados a uma vida saudável e longínqua, afastando o indivíduo do pleno bem-estar social e tornando os serviços públicos de saúde sobrecarregados, já que tal conjuntura pode levar a doenças crônicas, outrora inexistentes dentre os mais jovens. Portanto, políticas públicas precisam ser tomadas para mitigar esse impasse.
Em suma, urge que o Ministério da Educação em parceria com as ONGS, promova palestras socioeducativas que instiguem as crianças e as famílias a adotarem uma boa educação alimentar, por intermédio das escolas, com o fito de prevenir uma futura obesidade e as suas consequências. Além disso, cabe ao Governo Federal oferecer recursos financeiros mais favoráveis ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), para que estabelecer um cardápio mais saudável e diversificado. Somente assim, tirando as pedras do caminho construir-se-á um país com maior qualidade de vida pelos seus membros.