Segundo a historiografia, nota-se que os desafios de pessoas com deficiência não é algo atual. Ao analisarmos a história do Deus grego Hefesto, percebemos que ele sofreu exclusão da própria mãe (a Deusa Hera) ao descobrir que o filho tinha uma deficiência (era coxo), que reza a lenda que ela ficou tão envergonhada que o lançou no Monte Olimpo para o ninguém o visse.
Em primeiro lugar, é importante destacar que o Brasil não incluí pessoas surdas na maior parte de atividades educacionais. Segundo o livro "Pedagogia da Autonomia" do filósofo Paulo Freire, a escola não deve ensinar apenas os conteúdos presentes nos materiais didáticos, mas também deve preparar o indivíduo para o convívio social. Assim, notamos que os cidadões devem aprender formas mais inclusivas para conviver com essas pessoas, pois de acordo com o MEC mais de 9 milhões de pessoas com surdez vivem no Brasil.
Consequentemente, essa questão está longe de terminar. No filme "A Voz do Silêncio", uma estudante surda sofre "bullying" praticado pelo os colegas e decide mudar de escola. Nesse sentido, observamos que uma pessoa com deficiência também é alvo do "bullying" nas escolas e com ele vem outra dificuldade na formação educacional dos surdos.
É evidente, portanto, que há entraves para que os surdos tenham pleno acesso à educação no Brasil. Dessa maneira, é preciso que o Estado brasileiro promova melhorias no sistema público de ensino no país, por meio de adaptação às necessidades das pessoas com deficiência auditiva, como oferta do ensino da Língua brasileira de sinais (LIBRAS), com profissionais especializados para que esse grupo tenha seres direitos respeitados. É imprescindível, também, que as escolas garantam inclusão desses indíviduos, por intermédio de projetos e atividades lúdicas, com a participação de familiares, a fim de os surdos tenham sua dignidade humana preservada.