No filme "por lugares incríveis", o jovem Theodore Finch sofre de depressão, acreditando não haver mais soluções para suas escolhas feitas de forma errônea durante a vida. Apesar da sua doença, Finch se apresentava como um rapaz extrovertido, risonho e de boa saúde; tais características contribuíam, escondendo sua dor e sofrimento. Fora da ficção essa narrativa aplica-se facilmente a realidade de muitos brasileiros, que assim como Finch, sofrem de maneira calada e implícitas, em virtude da falta de suporte estadual e social, que deveriam contribuir para o tratamento e prevenção de tais problemas.

Em primeira análise, deve-se fazer menção, de um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde, que diz respeito a Integralidade, na qual todas as pessoas devem ser atendidas desde suas necessidades básicas, de forma integral. Embora tal prerrogativa, observa-se uma negligência da parte do Estado em relação ao tratamento e prevenção de doenças e transtornos mentais, como, por exemplo a depressão, partindo da falta atendimento especializado a pessoas que são acometidas dessas doenças em: hospitais, instituições públicas como as escolas e até mesmo na Unidades Básicas de Saúde. Bem como, a resistência da sociedade em reconhecer a depressão como um fator de risco a saúde mental de uma pessoa.

Ademais, faz-se necessária a abordagem das consequências de tal exposto, destacando-se o suicídio como principal resposta à problemática abordada, uma vez que conforme Theodore Finch, muitas pessoas que acreditam não haver mais formas possíveis de resolver seus problemas, acabam aderindo às ideia de que a morte é o escape que precisam pararem seus sofrimentos.

Portanto, aponta-se a importância do Estado em investir recursos no Ministério da Saúde, além da administração desses, de maneira, que toda a população tenha acesso ao acompanhamento psicológico, de forma intensificada em pessoas com transtornos. Por outro lado, é importante ressaltar que através de campanhas nas mídias sociais, pode-se obter uma conscientização da sociedade, minimizando o suicídio e evitando as consequências da depressão.