No Brasil, a desigualdade de gênero é absurdamente grande. De fato, a luta de mulheres por um salário justo, por reconhecimento de suas capacidades pessoais e pelo pleno funcionamento de seus direitos e escolhas sem limitantes é constante. Isso ocorre devido ao machismo estrutural, enraizado e transcendido durante séculos na sociedade.
Ser mulher em um país machista e estar sempre limitada a estereótipos é cruel, "retira a humanidade das mulheres, pois deixamos de ser vista com toda a complexidade do ser humano", diz Djamila. A princípio, a mulher sempre foi vista como uma parte do homem mesmo sendo um ser autônomo, essa ideia se enraizou por gerações e até os tempos atuais nota-se a tamanha opressão gerada, principalmente em seus direitos.
Está claro que, no Artigo 5 da Constituição Federal, todos temos os mesmos direitos, mesmo que isso não seja imposto em prática, obviamente essa falha contribui na diferença salarial em determinadas empresas onde um homem e uma mulher ocupam mesma vaga. Entre 144 países, o Brasil se encontra próximo às últimas posições no assunto, igualdade de gênero, considerando que existem mais mulheres no país, mais um reflexo dessa opressão.
Em síntese, a guerra das mulheres não é contra os homens, e sim contra a opressão resultante do machismo, em outras palavras, os homens podem participar dessa luta apoiando a desconstrução desse problema estrutural. Com isso, será possível desenvolver um projeto social sobre local de fala encorajando as mulheres a não se reprimirem. Ademais, a imposição prática do Artigo 5 e a aplicação de pena para empresas que quebram essa norma é necessário para que haja mais igualdade em nossa sociedade.