Como a arte pode ser inclusiva no Brasil?

Ao mencionar a frase "Temos de nos tornar na mudança que queremos ver" do ativista indiano Mahatma Gandhi, de maneira análoga pode-se relacioná-la que a arte é uma forma de visibilidade para problemas atuais e intolerantes no Brasil. Nesse quesito, se destacam dois aspectos importantes; a arte ser uma aliada a pessoas com deficiência e o apagamento social delas, nesse meio artístico.
Em primeira análise, evidencia-se que a arte é uma linguagem que por ser singular para cada indivíduo, se torna um contribuinte significativo para todo adulto e criança portador de necessidades especiais do país, por ser um meio de ajuda em questões de autoconhecimento, autoestima e individualidade. Sob essa ótica, pode-se ressaltar que de acordo com os dados levantados pelo IBGE em 2019 quase 25% da população brasileira faz parte dessa minoria. Dessa forma, é situado como a arte é uma ferramenta de desenvolvimento cultural e educacional considerável para essa parte da sociedade, os auxiliando a lidar com as barreiras de inacessibilidade diárias causadas pela falta de implementação inclusiva nos seus meios de vida atual.
Além disso, é notório que existe uma desvalorização com aqueles desse grupo social que se integram no meio artístico por conta da invisibilidade com qual a sociedade age com essa minoria, levanto a uma escassez de oportunidades que mudem a ideia que ser deficiente é o mesmo que ser limitado e diminuindo as hipóteses dessas pessoas com interesse e talento nessa área de atuação, como, por exemplo, o coreografo, dançarino e artista plástico Marcos Abranches, portador de uma paralisia cerebral, que construiu seu próprio estilo de expressão na fusão da pintura com a dança. Consoante a isso, pode-se afirmar que existe uma importância, na prática, de experiências artísticas a qualquer cidadão, tanto com objetivos de desenvolvimento, formação educacional e desconstrução social, quanto de autoconhecimento, visibilidade e inclusão.
Em virtude dos fatos apresentados, é imprescindível a adição de medidas que venham diminuir os desafios que a arte encontra sendo uma condutora da inclusão no Brasil. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação, fazer com que a área artística e inclusiva seja mais acessível e visível na sociedade, através de investimentos em espaços culturais por todo o país, de modo que além de gratuitos se encontrem mais abrangentes e que tragam mais reconhecimento á aqueles com necessidades especiais que identificam com esse meio. Somente assim, a mudança que a população precisa aderir começará a ser realmente vista.