Geralmente, quando se comete um crime considerado "leve" o Poder Judiciário declara o trabalho voluntário como uma punição, aumentando assim um estereótipo. Isso ocorre por falta de conhecimento e incentivo, o que resulta desvalorização do trabalho voluntário no Brasil.

A princípio, seguindo o raciocínio do filósofo alemão Immanuel Kant, que afirma: "o ser humano é aquilo que a educação faz dele." Sob essa ótica, é notório que a participação da escola é essencial para estimular e fornecer aos estudantes informações sobre a prática dos trabalhos voltados a solidariedade. Somado a isso, nos Estados Unidos, jovens e adolescentes são incentivados a prestarem serviços solidários nas férias escolares, visto que, esta atividade enriquece seus currículos. Dessa forma, nota-se que a educação é fundamental para promover um maior engajamento voluntário no país.

Ademais, considerando que a "internet" é um dos meios de comunicação mais utilizados da atualidade, pode-se afirmar que falta incentivo por parte dos influenciadores digitais, que são conhecidos por influenciar seus seguidores. Em suma, segundo o IBGE, mais de 116 milhões de pessoas estão conectadas à "internet", a maioria influenciadas com a forma de pensar e ver o mundo. Dessa maneira, percebe-se que a mídia vem ocupando cada vez mais espaço na vida dos seus usuários e interferindo em suas escolhas.

Portanto, é evidente que campanhas e projetos devem ser iniciados através das redes sociais, apresentando o real objetivo do trabalho voluntario. Cabe também aos criadores de conteúdo instigarem seu público alvo a ajudar sem fins lucrativos. Além disso, o Ministério da Educação, que é responsável por preservar a qualidade do ensino, deveria oferecer o trabalho humanitário como uma matéria extracurricular, uma vez que, tal iniciativa acarretaria curiosidade e interesse nos alunos. Com essas medidas, o trabalho voluntário ganharia o reconhecimento que merece no Brasil.