O romance “Utopia” - criado pelo escritor Thomas Morus - retrata uma civilização desprovida de conflitos e problemas. No entanto, fora da ficção, observa-se um cenário totalmente diferente, principalmente quando se refere aos povos indígenas, que são discriminados e tratados de forma desigual na sociedade brasileira contemporânea. Esse panorama lamentável ocorre não só em razão da ausência de políticas públicas que visem a inclusão desses povos, mas também da lenta mentalidade social instaurada.
Primeiramente, é importante abordar a ausência de políticas públicas como grande contribuinte para a problemática. Do ponto de vista de São Tomás de Aquino, todas as pessoas deveriam ser tratadas com a mesma importância. Porém, o que defende o filósofo infelizmente não ocorre com a população indígena do Brasil, visto que esses povos ainda não são totalmente incluídos na sociedade, sendo silenciados, tratados de forma desigual perante os demais indivíduos, e tendo alguns de seus direitos como cidadãos negados. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Ademais, a lenta mentalidade social é outro fator que agrava o problema. Para George Bernard “O progresso é impossível sem mudança; e aqueles que não conseguem mudar suas mentes não conseguem mudar nada”. À vista disso, a mudança de que o jornalista falou esta cada vez mais difícil na realidade brasileira quando se refere ao índio, que ainda é visto a partir do pensamento eurocêntrico do século XV, sofrendo discriminação, agressão, além de ter seu espaço invadido por pessoas que se acham melhores que eles. Desse modo, mudar esse pensamento para que ele não seja transmitido de geração a geração é única forma da sociedade avançar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, cabe as Prefeituras Municipais, promover eventos, por meio das escolas, visando promover uma maior inclusão dos povos indígenas na sociedade, e desconstruir a ideia ultrapassada a respeito dos mesmos, de modo que não passe para as futuras gerações. Tal ação pode contar, ainda, com visita nas aldeias indígenas para conhecer melhor os costumes e a cultura desse povo. Assim, espera-se que a obra de Morus se torne uma realidade no Brasil.

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