Na Grécia Antiga, as mulheres não eram consideradas cidadãs e não podiam participar de assembleias e não tinham os mesmos direitos que os homens, que eram classificados cidadãos. Infelizmente, essa não foi uma realidade específica do período antes de Cristo. Assim, as mulheres ao longo da história da humanidade sofrem com as consequências do machismo estrutural presente na sociedade.

Diante deste cenário, a Constituição federal de 1988 estabelece a igualdade de gênero entre homens e mulheres, que garante os mesmos direitos e obrigações enquanto cidadãos brasileiros. Contudo, ocorre a cidadania real do sociólogo José Murilo de Carvalho, em que não acontece na prática os direitos estabelecidos na Constituição. Assim, não ocorre uma isonomia entre os gêneros na realidade, o que dificulta a interação desses indivíduos com a sociedade.

Ademais, é evidente que as mulheres sofrem com a desigualdade de gênero desde os primeiros momentos da vida. Este fato é decorrente da cultura machista internalizada no país, que impede as mulheres de exercerem os mesmos papéis sociais do que os homens. Deste modo, elas são excluídas da participação na vida social, e por consequência recebem salários menores, são pouco representadas na política e ainda não possuem grande visibilidade no mercado de trabalho.

Portanto, medidas são necessárias para o equipamento dos direitos entre os gêneros na prática. Para isso, é dever do Governo Federal, em conjunto com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, por meio de investimentos em projetos sociais, de modo a criar condições favoráveis para a inserção das mulheres em seus direitos constitucionais e ainda fazer campanhas para a desconstrução do pensamento machista na sociedade brasileira. Somente assim, não haverá diferenças e hierarquias entre os gêneros no Brasil.

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