Atualmente, com a propagação de um cenário tecnológico indiscriminado, nota-se o avanço evidente de crianças viciadas em redes sociais e aplicativos modernizados, fato que possibilita problemas de saúde aos infantos. Nessa conjuntura é lícito postular a negligência familiar e a postura capitalista como principais responsáveis por agravar a problemática descrita.
De acordo com o sociólogo Talcott Parsons, a família pode ser comparada a uma máquina capaz de reproduzir personalidades humanas. Sob esse viés, ao disponibilizarem aparelhos tecnológicos para os menores, os familiares não impõem limites de horários usuais máximos, característica que resulta no entendimento de uso indiscriminado dos celulares, computadores e vídeo-games pelas crianças. Com isso, os juvenis tornam-se vulneráveis aos malefícios causados pelo uso não discriminado da tecnologia, a qual reflete as mudanças comportamentais e habituais dos minoritários.
Ademais, a postura capitalista atua ativamente nas empresas difusoras de conteúdos digitais. Essa lógica é perceptível a partir do entendimento de que os empresários não se importam com o bem-estar do consumidor, demostra interesse somente no lucro. Nesse sentido, são notórios projetos de jogos digitalizados que propõem ciclos iniciais e finais de níveis, cada vez mais difíceis, os quais garantem o foco máximo do jogador na partida e capacita o indivíduo de alguma recompensa ao completar mais uma fase, fato que é responsável por viciar os competidores mirins. Desse modo, as crianças tendem a se tornarem sedentários, em razão do abandono das atividades físicas coletivas nas escolas, praças e parques ambientais.
Logo, com a análise dos efeitos de uso indiscriminado das tecnologias digitais, percebe-se a previsão de intervenções. Diante disso, as instituições de ensino, como órgãos responsabilizados pelo amadurecimento infantil, devem criar trabalhos ilustrativos com foco nos males causados pelo uso ilimitado da Internet, através de profissionais que auxiliem na construção de palestras lúdicas, para que os familiares e empresários notem como é possível diminuir o uso contínuo da tecnologia atualmente.