Jean Jaques Rosseau, filósofo iluminista, afirmava que o fator preponderante da desigualdade social de uma nação era a propriedade privada, pois naquela época muitos não tinham condições financeiras necessárias para adquiri-la. Paralelamente, no cenário social brasileiro, a desigualdade social tem se tornado um importante desafio a ser combatido, a fim de promover o desenvolvimento social e econômico. Isso ocorre, devido à concentração de renda e terras no país, associada a quantidade insuficiente de programas de inclusão social.
Nessa perspectiva, é importante pontuar a grande influência histórica acerca da falta de igualdade social, tais como: a má divisão das capitanias hereditárias, a Lei de terras de 1850, a República Oligárquica, entre outros fatores que moldaram a sociedade brasileira, tal como é hoje. Desse modo, o Brasil se tornou um país elitista em que, a concentração de renda está nas mãos de poucas pessoas, consequentemente muitos vivem sem acesso à serviços e direitos básicos, como: educação, saúde, trabalho, igualdade e propriedade, que são assegurados por lei de acordo com a Constituição de 1988.
Ademais, no Brasil cerca de 96 milhões de pessoas são autodeclaradas pardas ou negras, o que justifica os problemas estruturais sociais, já que mesmo sendo feita a abolição da escravatura pela Lei Áurea, em 1888, de modo algum houve a inclusão do negro na sociedade, e isso é refletido no cenário atual, visto que a maior parte da população em altos índices de pobreza é negra.
Logo, é responsabilidade do Estado, por meio do Ministério da Economia e em parceria com o Ministério da Educação, criar políticas públicas que combata o desemprego, inicie uma reforma agrária, e invista em educação. Além disso, é importante que o Governo Federal, crie novos programas sociais, e estimule os pré-existentes, assim como o sistema de cotas, por exemplo, afim de inserir o negro na sociedade. Assim, a desigualdade social será consideravelmente diminuída, e tornará o corpo cívil mais igualitário.