Na década de 80, o hospital psiquiátrico de Barbacena, em Minas Gerais, foi responsável pela tortura de inúmeros portadores de doenças mentias, já que acreditavam que tais métodos eram eficazes em seus tratamentos. O caso de Barbacena chegou a ser divulgado no livro "Holocausto brasileiro", da jornalista Daniela Arbex, que contou com o depoimento de ex-funcionários do local. Voltando a atualidade, percebe-se como as marcas históricas da sociedade brasileira foram responsáveis pelo estigma associado às doenças mentais. Vale salientar, que tal problemática discorre não só da desinformação, mas também pela falta de políticas públicas.
Em primeira análise, vale ressaltar, que o tabu envolto das doenças mentais é resultado da desinformação presente em toda a história. Comparando-se a idade média, em que os portadores de doenças mentais eram perseguidos por apresentarem comportamentos incomuns que a medicina da época não conseguia explicar, a sociedade brasileira não demonstra avanços para resolver o problema. Pois, hodiernamente, o preconceito e a discriminação continuam afetando a vida de milhões de pessoas, podendo inclusive, resultar na piora de seus quadros clínicos. Dessa forma, faz-se imperiosa a conscientização da sociedade para impedir que a desinformação perpetue os estigmas associados às doenças mentais.
Ademais, a falta de políticas públicas, principalmente na área da saúde, impede que as doenças mentais possam ser tratadas de maneira eficiente. Segundo a constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, o acesso á saúde é inerente a todo cidadão brasileiro. Entretanto, tal prerrogativa não se mostra verdadeira, visto que o SUS não possui estrutura necessária para atender aqueles que necessitam de psicólogos e psiquiatras. Não obstante, o custo de remédios é deveras elevado, deixando a população de classe baixa em condições de subsistência já que o tratamento de doenças mentais é contínuo. Assim, combatendo os estigmas acerca das doenças mentais a sociedade perceberá a necessidade de lutar pelo bem-estar dos portadores de psicopatologias.
Destarte tais exposições, é perceptível como a conscientização da sociedade torna-se um caminho para combater os estigmas associados às doenças mentais. Para isso, o ministério da saúde, por intermédio das instituições de ensino, deverão criar palestras que visem a educação de jovens sobre a importância de preservar a saúde mental. Pois, segundo o filósofo Pitágoras, ao educar as crianças evita-se o castigo dos homens. Mostrando que o preconceito e a discriminação podem ser combatidos pela educação.