Na série original netflix, "Coisa mais linda", a personagem Lígia sofre diariamente com agressões físicas e verbais de seu marido que é alcoólatra. Mesmo com o avanço do tempo a sociedade brasileira parece se estagnar e persistir em um ambiente machista e perigoso para as mulheres, isso se constrói devido a falta de políticas públicas eficientes e também por causa do medo em denunciar os agressores que é desenvolvido pelas mulheres.
Em princípio, é possível observar que grande parte das políticas públicas dessa temática são de certa forma, falhas, já que não existe uma punição eficiente para esses agressores, onde na maioria das vezes são liberados e "proibidos" de se aproximar da vítima em uma certa distância. Exemplo disso é a frase do poeta brasileiro, Mario Quintana, que diz que "A indiferença é a maneira mais polida de desprezar alguém". Em razão disso, é visto que é preciso ter um aprimoramento dessas políticas para que, de alguma forma, haja mais segurança e tranquilidade para as mulheres.
Ademais, os agressores criam um temor nas vítimas que acaba bloqueando-as de denunciarem os casos de violência. Em verdade, a ameaça que esses indivíduos passam para as mulheres faz com que se desenvolva um ciclo onde as vítimas se sentem presas sem poder pedir socorro e acabam sofrendo as agressões repetitivamente devido ao grande terror que elas passam. Prova disso é a Maria da Penha, mulher que ficou tetraplégica por ter sido violentada durante 6 anos. Enfim, é preciso que o Governo e a Polícia Militar reforcem diariamente que estão ao lado das mulheres nessa luta contra a violência.
Portanto, ainda existe uma persistência na violência contra mulher devido ao descaso governamental e devido ao pavor que é desenvolvido pelas vítimas. Depreende-se, portanto, que o Governo Federal deve fortalecer a Lei Maria da Penha por meio de políticas que façam com que as autoridades estejam todo o tempo ao lado da vítima e a Justiça seja mais eficiente nas punições dos agressores, com efeito de diminuir drasticamente os casos de violência e fortalecer a ideia de que as mulheres devem procurar a delegacia mais próxima e denunciar tais casos.