A obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas, conta a história de Fabiano e sua família que tem de enfrentar uma vida sofrida, em meio à seca nordestina e são obrigados a se deslocar, passando por momentos difíceis, onde a luta é para sobreviver e o acesso à educação, alimentação e condições básicas de vida, são escassas.
No Brasil, até hoje vemos situações como essa, pessoas que vivem em extrema pobreza e o pouco que consegue é para conseguir viver. Diante disso, a importância com o vocabulário da norma culta é a menor das suas preocupações, porém, vivendo em um país onde a falta de empatia é algo recorrente, essas pessoas são duramente excluídas e criticadas, por não possuir o conhecimento necessário que a sociedade impõe.
Ainda nesse contexto, o que muito ocorre em pleno século XXI, é a xenofobia, que seria a aversão ou o ódio a uma pessoa estrangeira ou por serem consideradas estrangeiras, o ataque xenofóbico advém pela repulsa do seu modo de ser diante daquela sociedade. Isso acontece muito com nordestinos que migram para o sul, em busca de melhores condições de vida, a estas pessoas o ataque e o ódio é gratuito, principalmente pelo seu sotaque e sua cultura.
Portanto, o que deve ser feito -com urgência-, é propor às escolas, por intermédio do MEC, o mês da diversidade linguística, onde são apresentadas inúmeras variações linguísticas de diferentes estados e regiões, para que assim a diversidade na fala não venha ser motivo de ódio à alguém. E cabe ao Estado, oferecer melhores condições de vida a população, para que assim, elas possam ter o mínimo acesso a educação e dessa forma, não ser excluído da sociedade por não ter um vocabulário adequado.