A cultura de cancelamento reflete toda a angústia, ódio e medo que a sociedade brasileira transpira nesse momento. Neste contexto, a falta de empatia na comunidade por um todo culmina em ataques direcionados em personalidades por possíveis erros. Camuflado nisso podemos ter também uma tentativa de cassação da liberdade de expressão com o intuito de calar uma voz e cessar uma opinião que difere da do cancelador.
Certamente a empatia, ou a falta dela, foi uma emoção que se sobressaiu diante das demais, tendo em vista os perigos e incertezas que o período da pandemia nos proporcionou nos últimos tempos. Foi possível ter noção dessas características durante a 21º edição do programa Big Brother Brasil, no qual a participante Karol Conká assumiu o papel de vilã durante o programa pelos internautas e acabou sofrendo diversos cancelamentos pelos mesmos, chegando a perder contratos e participações em festivais de música e em programas de TV.
Ademais destaca-se também os propagadores de discursos de ódio que utilizam do cancelamento uma forma de se camuflas para distribuir ataques diretos com o intuito de denegrir a imagem e reputação da pessoa ou até mesmo calar sua voz e denegrir de vez a importância de suas opiniões. Muitos produtos midiáticos nos dias de hoje abordam esse tema, como por exemplo a série "Control Z" que retrata a vida de alguns adolescentes que são rejeitados pelos demais estudante do colégio depois de terem segredos expostos nas redes sociais e acabam tendo seu convívio boicotado pelos demais.
Portanto medidas são necessárias para resolver os empasses da cultura de cancelamento na sociedade brasileira. É necessário que a real justiça do país mostre que vai averiguar o cancelado e impor limites sobre os canceladores que abusam do bom senso e da ética nas redes sociais.