Quem diria, a escola que era temida, excluída, se tornaria a saudade de muitos adolescentes. Surge um vírus, quarentena, pensaram "Que maravilha quinze dias em casa", o paraíso iria até a primeira morte? Assim pensaram, mas, foi chegando na casa dos milhares, que a seriedade começou a surgir, para a maioria, pelo menos. A educação, que antes precária, mesmo possuindo certa acessibilidade, se tornou um desafio. Em casa, o pai desempregado, a mãe correndo atrás de auxílio, filhos menores de idade ociosos, notícia na tv. "Em vista da pandemia, para facilitar e continuar a educação, implementamos as aulas virtuais", um alvoroço acontece, adolescentes em parte, amaram a novidade, estudar em domicílio, sem sair do quarto, tudo mais fácil, para alguns, já para outros, se o dinheiro em casa não supre o alimento, quem dirá a 'internet'?
A praticidade é verdadeira na escolha de como continuar o aprendizado estudantil, algo novo sempre desperta interesse, a facilidade para encontrar respostas, elaborar trabalhos, o mundo virtual consegue ter seu charme e utilidade, mas, o contato social se perde, a comunicação não é recíproca, amizades se desfazem, consequentemente a falta de interesse em aprender, só aumenta, pois, educação é muito mais que português e matemática.
No entanto, pela pandemia é indiscutível a necessidade do distanciamento social, porém a falta de consentimento sobre cuidados pessoais, empatia, dificultam qualquer planejamento para um retorno de aulas presenciais, sendo dever das instituições públicas, implementações de ações, campanhas, efetivas, para conscientizar a população sobre os devidos cuidados, ações para incluir alunos que não possuem meios eletrônicos para o aprendizado, pois a ineficácia na educação, joga o país num buraco difícil de escalar.