Zygmunt Bauman defende que “não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas”.No entanto, não é possível verificar uma reação interventiva na questão da mobilidade urbana, que está sendo desassistida.Nesse sentido, observa-se um delicado problema que tem como causas a negligência governamental e o individualismo.
Dessa forma,em primeira análise, a negligência do estado é um desafio presente no problema.Djamilla Ribeiro explica que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas.Porém, há um silenciamento instaurado na questão da locomobilidade urbana,visto que o governo é omisso na efetivação do cumprimento da legislação de trânsito.Assim, urge tirar essa situação da invisibilidade para atuar sobre ela, como defende a pensadora.
Em paralelo, o individualismo é um entrave no que tange a problemática.Para Bauman, os valores da sociedade estão sendo colonizados pela lógica de mercado.Tal constatação é nítida na falta de infraestrutura do transporte público, visto a sobreposição dos interesses individuais em relação ao bem-estar coletivo.Assim, inverter a lógica de mercado e colocar os valores humanos em primeiro lugar é urgente.
No entanto, é indispensável intervir sobre o assunto.Para isso, o Poder Público deve investir no transporte coletivo por meio da destinação de verbas, a fim de reverter a supremacia de interesses mercadológicos que impera.Tal ação pode,ainda, ser divulgada na mídia de massa para que a população tome conhecimento.Dessa maneira, será possível dissociar a atual conjuntura, aproximando-se das ideias de Bauman.