Para Sartre, cabe ao ser humano escolher suas ações pois é livre e responsável. Porém, a ação humana tem se mostrado irresponsável quanto ao debate do suicídio entre jovens, embora uma assunto de estrema importância, o suicídio por se tratar de um assunto bastante delicado não é muito abordado entre a sociedade. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um sério problema, que se enraíza na falta de empatia e na influência de aspectos socioculturais.
Nesse contexto, em primeiro plano, é preciso atentar para indiferença, presente na questão. José Saramago usou o conceito de " cegueira social " para criticar o comportamento egoísta da sociedade. Analogamente, a cegueira social presente no quesito suicídio é uma realidade cruel, visto que muitos indivíduos tratam deste
assunto como um tabu, algo sem relevância que não deve ser mencionado. Assim, é preciso olhar para tal grupo e se colocar no lugar dele para reverter a questão.
Além disso, outro fator influenciador é a falta de responsabilidade da mídia. Para Freud, os indivíduos tendem a se adequar à sociedade para sentir pertencimento. Tal necessidade de fazer parte é preocupante quanto ao pensamento coletivo, visto que por vezes a necessidade de pertencer a algum lugar acaba gerando uma forte intolerância para com os outros cidadãos ultrapassando ate mesmo a barreira dos seus próprios direitos na sociedade. Assim, é imperioso que ele possa ser alterado.
Portanto, faz-se necessária uma intervenção. Para isso, o Conselho Federal de psicologia deve criar um treinamento gratuito sobre empatia, por meio de aulas a vivo nas redes sociais, a fim de combater o individualismo que gera por consequência o suicídio. Tal ação pode, ainda, contar com uma cartilha em PDF para ser baixada. Paralelamente, é preciso intervir sobre a influência da mentalidade social presente no problema.