“Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas”, disse o filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman. Seguramente, o atual período no qual o país está inserido proporcionou mudanças na rotina de trabalho, estudos e até mesmo no ambiente familiar. Vê-se que, o impacto dessas alterações afetam, sobretudo, às mais baixas classes sociais, por não possuírem condições para se manter financeira e emocionalmente durante o isolamento social.

Primeiramente, observa-se as dificuldades econômicas devido ao número de desempregados que se alastrou durante a pandemia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego atingiu 14,7% no 1° trimestre de 2021, considerada um recorde. Assim, sendo motivo de inúmeras inseguranças no cotidiano da população, que sofre tanto pela falta de recursos, como alimentação, quanto pela falta de pertencimento social.

Ademais, é necessário lembrar da ausência de acompanhamento psicológico, a qual resulta no despreparo dos indivíduos perante o momento de isolamento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 11,5 milhões de pessoas sofrem com problemas de depressão. Logo, sendo de maior impacto naqueles que se encontram em grupo de risco, sem contato com amigos e família.

Portanto, é preciso que o Ministério do Trabalho, em conjunto ao Ministério da Saúde, invista em programas de apoio financeiro, como vale alimentação e transporte, juntamente a palestras emocionais por profissionais qualificados, ajudando a sociedade nas atividades cotidianas e prestando suporte para que os indivíduos consigam lidar com o momento atual. Dessa forma, suavizando os impactos causados pelo isolamento social.