“A boa educação é moeda de ouro. Em toda parte, tem valor”. Tal frase do filósofo e religioso Padre Antônio Vieira, demonstra com clareza o poder da educação na vida do ser humano. No entanto, os desafios da Educação a Distância (EAD) têm ganhado destaque como tema atual de discussão. Nesse sentido, pode-se afirmar que razões sociais de desigualdade são fatores que agravam o estabelecimento dessa modalidade de ensino.
Primeiramente, é válido destacar que a falta de acesso à tecnologia por pessoas de classes baixas e falta de inclusão digital no Brasil colaboram com esse cenário. Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia), 40 milhões de brasileiros não tem acesso à internet. Sob esse viés, é possível desprender que o acesso escasso aos meios tecnológicos dificulta o uso do ensino a distância, e as regiões mais afastadas dos grandes centros ainda sofrem com a falta de infraestrutura básica. Além disso, não existem mecanismos para incluir idosos ou deficientes, os primeiros, muitas vezes, mal sabem operar um aparelho, já os segundos, por vezes, são incapacitados de acessar ou atualizar o aparelho devido a suas condições físicas.
Ademais, vale salientar que a qualidade e rendimento de cursos a distância tendem a ser menores, por falta de interatividade, concentração e atenção dos discentes. Outrossim, existe um grande impasse que estudantes do EAD enfrentam, uma causa alarmante sobre o ensino, se relaciona a constante evasão dos alunos, pois devido a pouca estrutura e eficiência no domínio das TCI (Tecnologia da Informação e Comunicação), muitos alunos desistem de seguirem com os estudos, por encontrarem dificuldades em enviar e-mails, participar de chats e vídeos online.
Portanto, cabe ao Ministério da Ciência e da Educação investirem em recursos tecnológicos nas comunidades carentes e regiões sem acesso à internet, por meio de direcionamento de verba destes. Também é dever desses ministérios criar projetos de capacitação para ensinar os alunos a manipular o equipamento. Por fim, deve ter mudança nos currículos de formação profissional docente e capacitação dos professores. Dessa maneira o país poderá superar os desafios da educação a distância.