Espetacularização do consumo
Ao analisarmos a internet, mídias sociais e sua relação com o consumo é possível observar que a opinião compartilhada por influenciadores digitais vem sendo cada vez mais explorada pelas empresas e acatada pelo público. Afinal, a credibilidade está diretamente ligada à quantidade de seguidores.
Conforme explicitado por Guy Debord no livro “A Sociedade do Espetáculo”, as relações sociais passaram a ser mediadas por imagens em uma realidade onde a aparência é deveras mais importante do que ser real. Isto somado ao alcance das mídias na internet, criam uma lógica ligada ao consumo eu reafirma o valor da aparência.
E ainda, como disse Karl Marx em “O Capital”, o produto divulgado adquire uma aura sobrenatural que nada tem a ver com suprir uma necessidade, mas sim fazer parte do seleto grupo que o possui. Desta forma, vemos o consumo sendo o principal personagem no espetáculo apresentado pelos influenciadores digitais.
Portanto, torna-se necessário fiscalizar e regulamentar a produção e divulgação do conteúdo publicitário na internet. Sendo assim, cabe à câmera dos deputados a criação de um estatuto e ao CONAR (Conselho Nacional de Auto Regulação Publicitária) certificar-se da aplicação desse estatuto. Para então, desvincularmos a credibilidade da quantidade de seguidores e associá-la ao conteúdo consciente divulgado.