O filósofo John Locke, afirma ser dever do Estado a garantia de direitos imprescindíveis  aos cidadãos, para garantir o bem-estar. De maneira análoga a isso, a falta de imparcialidade da imprensa é maléfica à coesão social. Nesse prisma, destaca-se dois aspectos importantes: as informações em época de campanha eleitoral e as abordagens em horário nobre. 

Em primeiro plano, pode-se destacar a mídia manipulando os resultados eleitorais influenciando a população com os seus ideais, um exemplo é as eleições entre Lula e Collor onde os meios de comunicação tinham um favoritismo no candidato Collor, desencadeando na sua vitória, fruto da alienação das massas com o último debate da Rede Globo tendo acontecido tarde da noite, fazendo a classe trabalhadora não ter o devido acesso. 

Além disso, é notório que o Jornal Nacional(principal veículo de informação) faz as escolhas das matérias através do sistema “de Bonner para Homer”, segundo esse método só é mostrado fatos que o “proletariado consegue digerir”, uma referência ao livro 1984 de George Orwell, uma minoria filtra o que a massa deve receber sendo eles moldados de acordo com um único ponto de vista, de modo a controlar os seres com seus princípios. Pois, um trabalhador que não pensa, nunca mudará o sistema e ela poderá continuar sendo parcial. 

Em virtude dos fatos mencionados, fica evidente a necessidade de medidas que venham transformar esse dilema, para isso a escola deve ensinar as crianças, seus direitos e buscar mídias alternativas diversificadas, assim elas irão pressionar o poder público a investir em leis que pregam imparcialidade na imprensa brasileira. Somente assim, o bem-estar defendido pelo filósofo iluminista será alcançado.