De acordo com a filósofa Hannah Arendt, "a essência dos direitos humanos é o direito de ter direitos". No entanto, verifica-se uma lacuna legislativa no supervisionamento das redes sociais na sociedade brasileira atual. Nesse sentido, o problema persiste devido à negligência midática e a insuficiência governamental, que não garante observação do dever.

Primeiramente, as redes sociais caracterizam-se como um complexo dificultador para a diminuição desta cultura. Conforme Pierre Bourdieu, o que foi criado para instrumento de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Nessa perspectiva, pode-se observar que os grandes veículos de informação não trazem à pauta os efeitos do cancelamento, normalizando tal atitude.

Além disso, há a influência da falta de diálogo como causa do problema. Nesse viés, John Locke defende que "as leis fizeram-se para os homens e não para as leis". Dessa forma, percebe-se uma irresponsabilidade governamental nos casos de cancelamento por meio de uma legislação própria e da fiscalização para que esse direito seja mantido, em prol da segurança do indivíduo, que precisa de respeito.

Portanto, medidas devem ser tomadas. Para isso, o Ministério da Cidadania deve reunir o estado para discutirem a respeito das implicações atreladas à cultura do cancelamento. Tal ação deverá acontecer por meio de uma conferência, transmitida pela mídia, para orientar o público acerca do motivo pelo qual foi criado. A fim de que essa medida possa conscientizar a população, bem como concretizar o ideal platônico.