Discute-se sobre a publicidade infantil pela sua frequência na sociedade atual. Deve-se, então se considerar os efeitos desse problema na vida das crianças, sendo os problemas: a introdução prematura dos pequenos nas relações capitalista e desenvolvimento do consumismo exagerado na fase adulta.

Primeiramente, desde a revolução industrial, propagandas e anúncios que induzem ao consumismo são comuns, porém quando o público infantil se torna o alvo destes meios de comunicação, essa relação se torna intolerável. A interação exercida pelos comerciantes sobre as crianças, através das propagandas de brinquedos ou peças dessa faixa-étaria, induzem e criam cedo a falsa necessidade de consumo. A ética Kantiana, reafirma que por falta de experiências, crianças são incapazes de julgar o que há por trás dos anúncios, por isso eles devem ser considerados abusivos.

Ademais, essa exposição ao desejo de consumir a longo prazo, pode gerar na fase adulta, o consumismo descontrolado. No filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate", é apresentado a personagem Veruca, que apesar de ser uma criança, já apresenta tendências descontrole, pois ela deseja tudo o que vê. Paralelamente, é possível perceber as mesmas características de Veruca em crianças brasileiras que, consequentemente, não terão responsabilidade sobre o poder e necessidade de compra pois desde muito novos foram levados pelo consumo impulsivo.

Logo, é necessário que a secretaria nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) adote medidas mais rígidas sobre as publicidades, através de uma Emenda Constitucional que reduza gradativamente os anúncios direcionados ao público infantil, como acontece na Coreia do Sul, preservando e garantindo bons consumidores para o futuro.