Em primeiro plano, é imprescindível notar que a corrupção é o revés da boa governança. Sob essa ótica, no período histórico brasileiro imortalizado como "República das Oligarquias", o voto não era secreto, impossibilitando, dessa maneira, que os civis tivessem seus direitos democráticos garantidos, visto que os coronéis — homens ricos com grande poder regional — coagiam esses sertanejos a votarem com base em seus interesses individuais. Hodiernamente, são recorrentes situações que remetem às atitudes vistas nas oligarquias já existentes no país, como ocorre quanto recursos públicos são destinados à saúde pública para o financiamento de insumos, porém tal verba acaba sendo desviada para cofres particulares, deixando a população à deriva. Sendo assim, a intervenção estatal é necessária para extinguir esse negativo padrão histórico herdado por contribuintes institucionais.
Em segundo prisma, faz-se essencial ressaltar que comportamentos corruptos impactam diretamente na confiabilidade transmitida pelos órgãos públicos. Paralelamente a esse raciocínio, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman expõe que as organizações - sendo o próprio Estado uma delas - atuam como "zumbis" por não cumprirem com sua função social, sendo essa situação decorrida principalmente da falta de legitimidade existente nas ações da máquina pública. Dessa maneira, os cidadãos, que cotidianamente sofrem com o descaso, omissão e atos antiéticos institucionais, reagem com crescente desconfiança e hostilidade, gerando a urgente necessidade de se desenvolver e introduzir novos padrões éticos e morais nesse ramo para a supressão desse imbróglio.
Portanto, a corrupção é uma barreira que requisita transposição para sua superação. Logo, é de responsabilidade do Poder Legislativo — que tem a função de criar, extinguir e fiscalizar o cumprimento das leis nacionais — instaurar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) intitulada "Governança sim; corrupção não!", no intuito de monitorar e punir os membros que praticam atos imorais presentes nas instituições, por meio de julgamentos transmitidos publicamente para que a sociedade civil tenha consciência de que desvios de conduta não são tolerados. Além disso, fica a cargo do Poder Judiciário intermediar e acompanhar o desenvolvimento de um novo — e mais transparente — código de conduta a ser seguido pelas entidades estatais e seus membros. Será apenas assim que o ideário aristotélico tornar-se-á, enfim, uma realidade.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada