Segundo Zygmun Bauman, sociólogo polonês, as sociedades modernas como um todo estão em constantes muitas mudanças nas relações sociais, econômicas e de produção. Entretanto, é perceptível que o Brasil "parou no tempo" com relação a formação educacional de surdos, que ainda passam por grandes desafios para terem este acesso garantido. Desse modo, a falta de profissionais capacitados a atender esta parcela e a segregação no ambiente escolar, são entraves que corroboram com essa problemática.
Primariamente, um dos pontos que devemos comentar é justamente sobre a falta de profissionais capacitados nos centros educacionais, para atender os indivíduos com problema de audição. Nesse lógica, isso acontece em função da negligência do Estado a cerca de desenvolver e cobrar esta habilidade ao professores. Dessa forma, evidencia que essa postura discriminatória contraria a Constituição Federal, a qual perante a lei é assegurado o sistema educacional inclusivo a todos.
Outrossim, percebe-se que poucas escolas oferecem ensino de libras de forma a incentivar a implementação dentro da instituição, o que gera um isolamento social. Tal óptica, é apresentada na animação "A Voz do Silêncio", onde a recém-chegada aluna, com deficiência auditiva, passa por dificuldade em criar relações afetivas, pois era sempre necessário utilizar um caderno para manter um simples diálogo, se mostrando algo desinteressante ao ver de seus colegas. Análogo à ficção, muitos jovens surdos decidem largar os estudos pela dificuldade de comunicação com os outros.
Portanto, é primordial que o Estado trate de resoluções para amenizar esta conjuntura atual. Para a adequação de educadores e a implementação de libras nas escolas, cabe ao Ministério da Educação e Cultura criar, por meio de capital governamental, ações publicitária nas grandes mídias, sugerindo ao receptor formar o costume de buscar aprender mais sobre a segunda língua oficial do país. Dessa maneira, a sociedade brasileira poderá seguir o fluxo de mudanças e avanços, articulados por Zygmun Bauman.