Medusa é uma deusa grega que foi amaldiçoada por Atena, apenas com seu olhar petrifica e congela as pessoas. Nesse sentido o trabalho infantil possui o mesmo efeito de congelamento, no caso na infância, onde é barrado o seu dever de brincar e aprender. A ineficiência governamental deixa com que estes casos ocorram de forma corriqueira, além da priorização dos interesses financeiros; usufruindo de crianças com condições fragilizadas para aumentar a renda familiar.
Primeiramente, percebe-se como uma causa latente a mão de obra infantil o favorecimento da renda pessoal. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman descreve a sociedade moderna como massivamente egoísta. No contexto atual, muitas vezes, a falta de compreensão com o futuro próximo ocorre de forma não empática e exorbitante, sem que haja reflexão sobre o impacto das consequências do trabalho infantil para os grupos socialmente menos favorecidos.
Não é de hoje, que os números apontam desigualdades na sociedade brasileira. Isso acontece em várias esferas, e em relação ás crianças não é diferente. É cabível citar que pulando as etapas cruciais na vida dos pequenos, deixará várias lacunas abertas, sendo elas: saúde, mentalidade; lazer entre outros. Aumentando taxas conectadas implicitamente, como a de analfabetismo, pela falta de estudo, e de mortalidade, por conta da saúde afetada na infância.
Portanto, é indispensável intervir sobre o problema. Para isso o Poder público deve investir em informações sobre o trabalho infantil, por meio da destinação de verbas, a fim de reverter a supremacia de interesses. Tal ação pode, ainda, ser divulgada na mídia de massa para que a população tome conhecimento. Paralelamente, é preciso intervir sobre o silenciamento presente no problema. Dessa maneira, o Brasil terá menos congelamentos na vida de jovens e adolescentes, como na história de Medusa.