A globalização e seus avanços tecnológicos, tal qual o modelo de consumo vigente, que prega uma propagação de obsolescência planejada, geram o descarte irregular do lixo eletrônico, que vai para lixões e aterros sanitários próximos à comunidades carentes e a elementos naturais contamináveis.

A filósofa Hannah Arendt afirmava que " A essência dos direitos humanos é o direito de ter direitos ", no entanto, o direito à vida é ameaçado pelo descarte incorreto de lixo, que libera diversos componentes químicos nocivos à saúde, pesquisas recentes na universidade do Texas concluíram que morar perto desses locais diminui a qualidade e expectativa de vida, como relatado pela população de Marituba, que confirma o alastramento de doenças.

Sob o mesmo ponto de vista, o descarte de eletrônicos nestas áreas pode contaminar os lençóis freáticos, córregos e outros corpos d'água, o que acarreta em morte da vida marinha, propagação de doenças e danos na flora e fauna locais.Todo ecossistema é afetado indo contra as políticas de preservação ambiental e gerando riscos futuros, para além das áreas inicialmente afetadas

Em síntese, conclui-se que a ação do estado através de políticas públicas, que incentivem o descarte de lixo de forma correta longe de formas de vida, assim como programas de incentivo a reciclagem, e ao consumo consciente, levaria a uma melhora na qualidade de vida das pessoas e preservação do meio ambiente ameaçados.