A série britânica "Game of Thrones", ambientada em um mundo medieval e fictício, narra uma intensa guerra por poder e influência, fato que obriga os personagens a renunciar de sua moral e tomar decisões controversas, como matar inimigos e planejar golpes de estado. De forma semelhante ao seriado, em tempos hodiernos, existe a presença do cenário político caótico, que leva o ser humano ser testado frente a ética nacional em solos tupiniquim. Este vasto cenário é preocupante para governo e sociedade. Tal conjuntura social é reflexo de alguns aspectos motivadores como a precariedade de conhecimento da população a frente dos princípios éticos e a influência de uma sociedade vastamente corrupta. Desse modo medidas capazes para amenizar a questão são fundamentais.

A priori, é inexorável compreender que, na atualidade, a carência de conhecimento sobre conceitos éticos, é uma das razões basilares do indivíduo frente aos valores morais. Segundo Aristóteles “A virtude moral é uma consequência do habito. Nós nos tornamos os que fazemos repetidamente”. Ou seja, nós nos tornamos justos ao praticarmos atos justos, controlados ao praticarmos atos de autocontrole, corajosos ao praticarmos atos de bravura. Não obstante, controversa ao filósofo o que se obtêm no país é comum que a satisfação pessoal seja colocada acima da harmonia coletiva, fator que decorre quando alguém viola ou furta a propriedade de outrem. Muitas das vezes não intenciona, amiúde apenas por não conhecer as leis do país, portanto evidencia a urgência de evitar esse problema.

Em segunda análise, é essencial destacar o papel que um meio imoral e corrupto exerce sobre o ser humano. Para Immanuel Kant, a ética é individual e deve ser guiada apenas pela razão, sem influência de forças externas. No entanto, em discordância ao pensador alemão, sabe-se que, essa teoria nem sempre é praticada, pois, o ambiente, sem dúvida, desempenha um papel importante na personalidade e no comportamento de uma pessoa, influenciando a tomada de decisões, portanto, influênciando a formação do caráter. Logo, compreende-se que uma sociedade desvirtuada tende a corromper o homem eventualmente. Por conseguinte, é vital tratar essa questão com a devida importância.

Depreende-se, dessa maneira, a relevância de lidar com os desafios e consequências acerca do indivíduo frente a ética no Brasil. Infere-se, portanto, que a problemática é alarmante para todos, sendo necessária uma união de governantes e governados, ricos e pobres de toda a comunidade, por meio do Ministério da Educação, montar protocolos de ensino para discutir conceitos éticos nas escolas e universidades, abrangendo todas as fases do ensino. Diante disso devem desenvolver propagandas informacionais sobre o assunto, em parceria com grandes redes de televisão e jornais, com o objetivo de alcançar o máximo de pessoas. Por fim, é preciso que a comunidade brasileira olhe de maneira mais otimista para diferença, pois, como constatou Hannah Arendt: “A pluralidade é a lei à Terra”.