A Terceira Revolução Industrial, iniciada no século xx, inaugurou diversos avanços no setor de telecomunicação e informática. Apesar desse movimento de modernização tecnológica ter sido essencial para a democratização ao acesso a ferramentas digitais e a participação nas redes sociais, nota-se que grande parte da população está despreparada para lidar com ela. Tendo em vista que atualmente é bastante utilizada para a publicação e de imagens trágicas em ambiente virtual, consequentemente desrespeitando as pessoas afetadas, banalizando assim as tragédias.

Em primeira análise, cabe ressaltar o conceito de modernidade líquida do sociólogo polones Zygmunt Bauman, que explica a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos interesses pessoais. Desse modo, o indivíduo ao estar nesse panorama, acaba por perpetuar para o compartilhamento de imagens trágicas que particularmente não o afetam, a fim de chamar a atenção de espectadores com o objetivo de desenvolver ações com fins mercadológicos e interesses proprios, Dessa forma, a internet torna-se um reflexo da sociedade contemporânea, na qual as relações de interesse e lucro predominam.

Em segunda análise, a sociedade que está sempre cercada por imagens e notícias mórbidas consequentemente contribui para a banalização das tragédias sendo assim o.A filósofa alemã Hannah Arendt, em “Banalização do Mal”, refletiu sobre o resultado do processo de massificação da sociedade, o qual forma indivíduos incapazes de realizar julgamentos morais, tornando se alienados e aceitando situações sem se questionar. O pensamento da filosofia está relacionado ao contexto dessa temática, visto que as pessoas saem compartilhando sem refletir, sem questionar e sem se sensibilizar.

Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar essa problemática. Logo, o Ministério da Educação,enquanto responsável pelas diretrizes da educação, promove palestras com psicólogos a fim de conscientizar a população acerca de publicações de imagens trágicas e suas consequências. Além disso, o Congresso nacional junto com o CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, aprove uma emenda na lei que permite a fiscalização das imagens mórbidas na internet. Somente assim, a sociedade será capaz de viver de maneira mais empática e utilizar a tecnologia em pró a sociedade