Por volta do século XVIII, o neoclassicismo se tornavam movimento artístico de bastante influência na sociedade. Esse campo da arte pregava o ser estético, A grande preocupação dos Artistas dessa época era fixar padrões de beleza que pudessem resistir ao tempo. Similarmente, é possível observar na atualidade a busca por padrões quase perfeitos, geralmente disseminadas e impulsionadas pelas mídias sociais.
A busca da perfeição atualmente mais visível nas redes se refere ao físico. Comumente, aprecia-se corpos esculturais e atléticos, como postes de ângulos, filtros, maquiagens e cirurgias. A praticidade dos produtos que dão aos seus consumidores a falsa sensação de realização pessoal, sejam eles artigos de beleza, redutores de medidas e cintas modeladoras são habitualmente vistos em qualquer estabelecimento. Contudo, é preciso admitir a procura da constituição física sem defeitos como uma forma injustificável de encaixar-se em padrões e preencher o vazio com elogios, likes e validações na internet.
Segundo Zygmunt Bauman - filósofo e sociólogo contemporâneo -, "as redes sociais são uma armadilha". Imagens enganadoras de uma possível vida ideal e primorosa, corpos bem modelados ao lado de remédios que prometem milagrosas mudanças. Tudo isso resume-se na incessante demanda pelo Primor. Inegavelmente, essa procura causa diversas complicações aos consumidores dos meios telecomunicativos, tais como depressão ou anorexia, conduzidos pela massa social.
Evidencia-se, portanto, a necessidade de intervenção do governo como promotor do bem-estar social, por meio do monitoramento da influência desses canais, além da conscientização através de atividades e palestras lúdicas acerca da influência e dos danos físicos e psicológicos causados aos usuários, ajudando a controlar o desejo por essa ilusão: a perfeição.