A série sul-coreana "Detetive Doctor" analisa como existem pessoas na sociedade moderna que sofrem com a negligência. Frequentemente, eles se envolvem em acidentes de trabalho e morrem. A maioria desses acidentes poderia ser evitada com mais organização. No entanto, algumas empresas dos setores público e privado preferem cortar custos em vez de investir na prevenção. Paralelamente, existem desafios de saúde pública no Brasil, seja pela falta de atendimento ao paciente ou pela falta de automação do processo.
Em primeira análise, é indubitável pontuar o impacto do progresso tecnológico no setor saúde. Pensando nisso, a Lei do Prontuário Digital, a 13.787, promulgada pelo governo federal em dezembro de 2018, promove os benefícios que sua universalização traz aos sistemas de saúde, tornando-os mais tangível e completo. Porém, a implantação de tecnologias de informação e comunicação só será efetiva se profissionais e gestores de saúde forem capacitados para utilizá-las de maneira adequada.
Outrossim, não se pode negar que o atual modelo de saúde precisa mudar. Além disso, diante de um cenário complexo causado por uma pandemia, os investimentos em telemedicina se aceleraram em todo o mundo. Assim, a partir da história clínica do paciente, é possível gerar informações para antecipar um tratamento e, ainda, desconectar-se de um processo de salvamento obsoleto.
Evidencia-se, portanto, que os benefícios advindos da gestão de dados contribuem para integrar o SUS (Sistema Único de Saúde) e o setor complementar de forma mais rápida e eficiente. Por conseguinte, é responsabilidade do Ministério da Saúde investir na saúde digital em hospitais, por meio da integração de prontuários eletrônicos e capacitação de profissionais, a fim de evitar que pessoas sejam negligenciadas na fila de espera e tomem as precauções de forma mais segura e ágil.