São Tomás de Aquino elencava que todas as pessoas sempre deveriam ser tratadas com a mesma importância. Apesar disso, ao contrário do ponto de vista do filósofo, observamos a problemática envolvida na democratização do acesso ao cinema no Brasil, cujas causas estão na assimetria do acesso às inovações tecnológicas e a privatização a cultura.

A princípio, temos o ingresso as inovações tecnológicas como um complexo problematizador á medida que seu avanço desenfreado vai de encontro a uma sociedade desigual. Por meio da revolução industrial, os seres humanos passaram por inúmeras transformações não só econômicas, como também sociais e culturais, embora a sociedade Brasileira apresente seus nuances específicos, ainda é possível notar uma dessimetria relacionada a desigualdade no acesso às tecnologias.

Ademais, outro fator preponderante é a privatização do acesso á cultura. Para Stephen Hawking, o maior inimigo do conhecimento não é a falta dele, mas sim a ilusão sobre ele. Não há dúvidas da falta de equidade existente entre as classes sociais Brasileiras, é devido esse impasse que o acesso á cultura é restrito e limitado as classes altas.

Portanto, é evidente que tais entraves precisam ser solucionados. Desse modo, espera-se que o ministério das comunicações ampliem o acesso de forma igualitária as novas ferramentas tecnológicas, criando um espaço físico dedicado ao seu conhecimento, privilegiando as classes mais baixas. Além disso, cabe ao ministério da cultura, formular e implementar políticas públicas no campo cultural através de ações realizadas com a população mais carente, tendo em mente a cultura como um dever fundamental para a plena construção da cidadania, pois, segundo Visconde de Bonald a cultura forma sábios, a educação, homens.