A Grécia Antiga, era considerada o berço da civilização, onde propagavam-se ideias e costumes gregos, dentre eles a busca pela perfeição. Nesse sentido, é evidente no contexto mundial atual, onde a universalização da cibercultura dissipa, pelo mundo, ideais de perfeição, a fim de impulsionar seu público a buscar tal utopia. Desse modo, no que tange a busca da perfeição inalcançável, percebe-se a configuração de um grave problema, em virtude de não se enquadrar nos ideais impostos pela mídia, assim esse quadro se reverte na sociedade de consumo e em problemas psicológicos.
Nesse sentido, nota-se que a sociedade visa o consumismo, não mostrando os malefícios do corpo considerado perfeito. Nesse viés, segundo a escritora Chimamanda Adichie, a mudança do “status quo”- o estado das coisas - é sempre penosa. Tal afirmação se aplica no cenário das mídias sociais atuais, em que os indivíduos têm o desejo de alcançar o padrão determinado pelas redes sociais, programas televisivos e revistas onde criam estereótipos de beleza e felicidade, com o intuito de influenciar seus consumidores. Todavia, a perfeição criada geralmente ocorre pela manipulação na edição de imagens, maquiagem ou por procedimentos estéticos. Dessa forma a pessoa termina se frustrando por não conseguir o padrão estabelecido, já que é uma realidade inatingível.
Outrossim, é importante destacar que a sociedade é afetada psicologicamente pelo uso das redes sociais. A digital influencer brasileira Gabriela Pugliesi, fez uma publicação em uma de suas redes sociais dizendo que para matar a vontade de comer chocolate e não sair da dieta, basta mastigar e jogá-lo fora. Sendo assim, pessoas que fazem isso estão pré-dispostas a desenvolver quadro de doenças psicológicas como depressão, baixa autoestima, bulimia, anorexia e em casos extremos pode levar à morte, por se frustrarem ao não conseguir o que tanto desejam.
Portanto, é necessário que medidas sejam realizadas para amenizar a problemática. De acordo com o filósofo Immanuel Kant, o homem é fruto da educação. Dessa forma, o MEC deve integrar estudantes e famílias, através de palestras e feiras escolares, junto a psicólogos, de maneira a expor os estereótipos veiculados pelas mídias sociais, com propósito de prevenir problemas futuros. Além disso, é essencial que o Governo Federal, junto a ONGs, invista em publicações de intuito educativo em programas televisivos de canais abertos, a fim de atingir uma grande quantidade de pessoas, avisando dos perigos que a busca pela perfeição inexistente causa.