Consoante ao filósofo Sócrates, o homem, para sua completude, deve estudar, trabalhar e lutar. No entanto, tal prerrogativa não se reverbera atualmente quando se observa a inserção do jovem no mercado de trabalho brasileiro, que, cada vez mais exigente, torna gradativamente dificultosa a aparição de oportunidades palpáveis a essa parcela da sociedade. Nesse contexto, as dificuldades as quais tal grupo enfrenta denotam a inadequação entre a formação acadêmica e a exigência do mercado, bem como a preferência a candidatos mais experientes por parte das empresas.
Em primeira análise, cumpre ressaltar que o itinerário formativo nas universidades brasileiras, por vezes, não prepara o estudante para de fato exercer as funções de sua área no mercado trabalhista pretendido. Isso se reforça a partir do fato de que cursos como Economia e Informática não possuem estágios curriculares obrigatórios, não oferecendo, assim, modelos práticos provenientes das teorias estudadas. Tal questão vai de encontro ao que afirma Gilberto Freyre, grande sociólogo do século XX, cuja teoria enfatiza a futilização do conhecimento quando para ele não há fim social. Sob essa conjuntura, a ausência, ou exiguidade, do exercício prático no ambiente acadêmico corrobora a sensação de insegurança na qual jovens, que não se sentem aptos a exercer o ofício almejado, estão inseridos e, portanto, é prejudicial.
Ademais, as empresas nacionais, na busca por maior produtividade, comumente dão preferência a candidatos com mais experiência na área, sendo esses, por conseguinte, mais velhos. Assim, cria-se um paradoxo social, onde jovens precisam ganhar experiência para obter um emprego, mas, visando a esta, necessitam daquele. Logo, tal situação conflitante aparenta ser contumaz, a medida que o homem, segundo o filósofo John Locke, é como uma tábula rasa, ou folha em branco, e requer a sapiência sensorial para construir o arcabouço intelectual do indivíduo.
Depreende-se, portanto, que a inserção da juventude no ramo trabalhista competitivo do Brasil é uma questão que precisa continuar sendo posta em pauta, visto que ainda há entraves a serem superados. Nesse sentido, primeiramente, faz-se necessária a mudança de postura das universidades no que se refere à oferta de estágios formativos em todos os cursos constituintes de sua grade curricular, a fim de coibir a insegurança juvenil com relação a sua capacitação profissional. Além disso, o Governo Federal pode ampliar a inserção desse grupo no campo trabalhista, por meio do incentivo à oferta de cursos de formações pelas próprias empresas antes do exercício do cargo, através da redução de impostos de tais instituições, eliminando, assim, o paradoxo social no que concerne à obtenção de experiência. Espera-se, com isso, garantir maior inclusão juvenil para que o homem consiga alcançar seu estado de plenitude, como afirmava Sócrates.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada