São noticiados cada vez mais casos de indivíduos que estão sofrendo com a crescente falta de água e com a gritante demanda deste recurso natural em nosso país. É evidente que esta escassez é fruto do descaso e falta de atenção de toda a população com este recurso finito e vital para nossa existência. Além do impacto direto da poluição sobre a água, também é possível perceber uma ação indireta, geralmente causada pela poluição em grandes centros urbanos e industriais que, ao lançarem resíduos sólidos e químicos na atmosfera acabam por poluir os cursos da água quando há precipitação.

São dadas relevância somente a escassez causada em relação ao seu consumo, uso doméstico e higiene, mas em se tratando dos efeitos gerais causados pela diminuição de água, é evidente o grande impacto causado em áreas agrícolas. Isso se deve ao fato da destruição, sem precedentes, da mata ciliar que protegia o curso d'água da poluição proveniente dos seres humanos e que estando dizimada, não pode mais cumprir com seu papel principal. O pior efeito da falta de água no setor agropecuário é também a diminuição da produção de alimentos e a consequente fome e miséria de uma enorme parcela populacional. Estando o fornecimento de água caindo, além da diminuição da produção de alimentos, teremos um comprometimento na produção industrial, que depende deste recurso, aumentando a fome e a pobreza, e consequentemente impactando nos índices de mortalidade na Terra.

Segundo dados fornecidos pela ONU, até o ano de 2030 a maioria dos cursos d’água estarão comprometidos, somando em até 40% de uma demanda excedente pela água doce, uma vez que somente 3% de toda a água do planeta é potável, sendo que apenas 0,26% são propícias para o consumo e utilização humana. Esta queda da disponibilidade “aquática” é fruto da má gestão de seu uso, visto que são desperdiçados milhares de litros em atividades que este recurso poderia ser preservado e mantido, fazendo-se utilizável em outros setores. Como dito anteriormente, com a queda de fornecimento de água irá diminuir a oferta de alimentos, porém haverá um crescente aparecimento de doenças que já foram erradicadas a anos e podem retornar com a falta de saneamento vinda da queda dos recursos hídricos.

Tendo em vista os fatos apresentados no texto e criando uma consciência ecológica relacionada ao uso indiscriminado da água, é necessária a criação de políticas públicas viáveis para a preservação do recurso. Por isso, é cabido não só ao governo federal mas também aos ministérios da agricultura, do meio ambiente e do desenvolvimento regional de criarem um projeto que conscientize a população como um todo a respeito do uso indiscriminado da água e seus futuros impactos na sociedade, bem como fazer com que os produtores agrícolas tomem medidas cabíveis em relação ao desperdício e contaminação deste hídrica por agrotóxicos. Tais medidas também podem ser aplicadas ao grupo doméstico em que vivemos, com palestras de conscientização em escolas e universidades, bem como o despertar da noção em crianças, com regras básicas da preservação da água.