No filme "Extraordinário", lançado em 2017, o protagonista Auggie nasceu com uma grave deficiência, denominada síndrome de Treacher Collins. Ao longo da trama, acompanhamos as dificuldades do personagem para ingressar na sociedade, especificamente no meio educacional. Em síntese com o filme, é possível identificar esta realidade às pessoas deficientes e seus desafios para serem inclusos na sociedade brasileira.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a falta de medidas governamentais para combater os desafios de ingressão de pessoas deficientes na sociedade. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser articulada pelos homens a fim de alcançar o equilíbrio social. Nesse sentido, é indubitável que o Estado não cumpre com seus deveres para com os deficientes.
Ademais, é fundamental apontar o preconceito e desigualdade como impulsionador da dificuldade dos incapacitados ingressarem na sociedade. Segundo uma pesquisa encomendada pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo, 69% dos deficientes entrevistados já sofreram discriminação. Logo, é inadmissível que essa conjuntura continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso, cabe aos cidadãos repudiar discriminação contra deficientes, por meio de debates nas mídias sociais capazes de igualizar a sociedade. Aos órgãos especializados, em parceria às delegacias de denúncia, agir de acordo com a lei, punindo os opressores. Assim se consolidará uma sociedade justa, onde o Estado cumpre com seus deveres e alcança o equilíbrio social, tal como afirma Aristóteles.