O Brasil está entre os países latino-americanos que mais consomem alcoólicos, e o
preocupante é que esse consumo está começando cada vez mais precocemente, o que por sua
vez acaba desencadeando problemas aos adolescentes, como baixo rendimento escolar,
desentendimentos frequentes, problemas de saúde graves e dependência.
Segundo o IBGE, em 2018, apenas 44,5% dos estudantes do 9° ano do Ensino
Fundamental nunca tiveram contato com bebidas alcoólicas. Um dos fatores que promovem
esse problema é o fácil acesso à essas drogas lícitas, que mesmo sendo proibidas aos menores
são encontradas com facilidade e a obtenção é mais simples ainda, principalmente em cidades
de pequeno porte onde quase não existe fiscalização.
Outro ponto que vale ser ressaltado é, que devido a essa acessibilidade, muitos jovens
que enfrentam problemas emocionais e psicológicos, desde o término de uma relação até
pontos de maior complexidade como a depressão e a ansiedade, buscam refúgio no lugar errado
e quando se dão conta estão presos a um vício, já que quanto mais cedo esse mal inicia-se
maiores são as chances de compulsão.
Conclui-se que, o alto índice de adolescentes que ingerem álcool se deve pela baixa
vigilância na venda desses produtos e, já interligado a isso, a equivocada válvula de escape
utilizada. Para que a complicação seja resolvida, o Ministério da Justiça e Segurança Pública
deve aumentar o policiamento e vistorias em pontos de comercialização de bebidas alcoólicas,
e, o Ministério da Educação juntamente com o Ministério da Saúde deveriam cumprir com a
lei 13.935 que dispõem sobre a disponibilização de psicólogos nas escolas.